5 equívocos sobre comunicação que podem ameaçar sua marca ou negócio

Sócio-fundador da Propósito, Daniel Rohrig explana sobre o valor da comunicação no mundo dos negócios

Não é apenas o “sempre foi assim” que pode representar um risco para o futuro de marcas e novos negócios. Algumas crenças institucionalizadas sobre o papel da comunicação dentro das organizações também representam verdadeiras muralhas que impedem o crescimento das empresas. Este conteúdo lista cinco delas que podem representar uma ameaça a curto, médio ou longo prazo.

“Comunicação é custo e não investimento”

Talvez essa seja a mais presente e a mais perigosa dentro das empresas. Pela lógica, tudo que está associado a um custo torna-se oneroso. Já um investimento é um pressuposto de retorno. Portanto, uma comunicação profissional nas organizações é um investimento de alto retorno. É por meio dela que uma marca constrói valor, cria vínculos genuínos com seus públicos e mantém uma reputação sólida diante da opinião pública. Comunicação só se torna um custo quando é feita de qualquer forma e sem planejamento.

“Fazer comunicação é estar apenas nas redes sociais”

Atrelar toda a estrutura de comunicação e relacionamento da sua empresa apenas nas redes sociais é semelhante a construir uma casa em terreno alugado. Ou seja, ao mesmo tempo que a organização tem controle sobre a rede social, no fim das contas, esse canal não é dela, mas sim, cedido. Portanto, fazer comunicação é também estar nas redes sociais, mas não apenas nas redes sociais. São os públicos de interesse que guiam as estratégias de comunicação das empresas, por isso, não é aconselhável apostar todas as fichas em uma única estratégia. Espaços próprios, como o site institucional, são fundamentais para posicionar e serem a interface da marca no digital.

“Minha marca não possui missão, visão e nem valores”

Não é raro encontrar empresas que não possuem uma narrativa institucional que contemple itens fundamentais como missão, visão e valores. Isso é grave do ponto de vista da comunicação. Pessoas não se conectam com estruturas, prédios ou um logo. Pessoas se conectam com histórias, com ideais, com outras pessoas e, acima de tudo, com os aspectos genuínos das marcas. Tudo isso começa pelo propósito, pelo caminho que a organização busca trilhar, pelos valores que acredita, defende e pratica.

“Não tenho certeza sobre quem são meus públicos”

Não ter clareza sobre quais são os públicos de interesse de uma organização é um sintoma que precisa ser levado a sério. Afinal, como ser assertivo sem sequer saber para quem o trabalho precisa ser direcionado? Na maioria dos casos, é uma característica de empresas que entendem a comunicação como um “custo” e não como “investimento”. O trabalho profissional da comunicação faz um mapeamento dos públicos de interesse e apresenta planos robustos de relacionamento e engajamento para cada um deles. Comunicar, acima de tudo, é dialogar.

“A imagem que as pessoas têm da minha marca é diferente da que eu esperava”

O que as pessoas dizem sobre a organização, o que a organização diz que é e o que a organização é de fato: esses três itens precisam ser representados pela mesma mensagem. É neste processo que o trabalho de gestão de reputação entra para auxiliar as empresas que buscam crescer e se destacar no mercado. Caso algum dos três itens apresente uma mensagem dissonante, algo está errado e precisa de atenção.

Alguns dos itens acima fazem parte do contexto da organização que você representa, trabalha ou gerencia? Então o primeiro passo é reconhecer que sua marca ou negócio pode estar ameaçado em função da comunicação não ocupar seu devido lugar de destaque. O segundo passo é encontrar um auxílio profissional para diagnosticar e traçar um planejamento estratégico que corrija a rota e estimule o verdadeiro potencial da comunicação para o crescimento do negócio.

por Daniel Rohrig
Jornalista e sócio-fundador da Propósito Comunicação Corporativa

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